Apenas quatro clínicas para recuperação de dependentes químicos têm alvará sanitário em Divinópolis

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Entre 2017 e 2019, por volta de 20 clínicas de recuperação SP foram fechadas.

Diretora da Vigilância em Saúde comentou sobre as irregularidades encontradas há um tempo atrás.

Apenas quatro clínicas para recuperação SP de dependentes químicos e alcoólatras têm alvará sanitário para funcionamento em Divinópolis.

A lei que permite a internação involuntária de dependentes químicos em clínicas fechadas, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no dia 5 de junho de 2019, reascendeu a preocupação com as casas de recuperação na cidade de SP.

Clínicas de recuperação sérias em SP você encontra aqui

Entre 2017 e 2019, a Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) fechou em média 20 clínicas da cidade de SP por diversas irregularidades.

Além das quatro clínicas licenciadas, outras seis estão em processo de regularização, segundo a diretora da Vigilância em Saúde.

“Na grande maioria [de clínicas de reabilitação], nós vimos a aplicação de maus-tratos, castigos severos, com medicamentos psicotrópicos
administrados sem acompanhamento médico, e sem um critério médico . Tivemos já diversos relatos de óbitos que aconteceram lá dentro [destas casas].
Pessoas com doenças graves contagiosas, pessoas que estavam lá de forma involuntária [antes da nova lei ser aplicada], pacientes psiquiátricos perigosos…
encontramos, também, diversos foragidos da polícia civil que ficavam lá dentro. Uma série de situações sociais em que não é o propósito de uma sociedade terapêutica receber”.

Criada há mais de 18 anos, a “Casa Dia” já reabilitou cerca de duas mil pessoas desde a criação, segundo o coordenador Rui Faria Campos. Atualmente, o local, que vive de doações, atende até 37 pacientes do sexo masculino, com idade entre 18 e 60 anos de idade.

“A gente faz um tratamento humanizado e individualizado para cada um. É desenvolvido um projeto terapêutico para cada paciente”, contou o coordenador.

Fechamento de clínicas de recuperação em São Paulo SP

Uma denúncia enviada ao Ministério Público Estadual (M.P.E) envolvendo diversos maus-tratos em clínicas de recuperação em SP de dependentes

químicos e alcoólatras em Divinópolis foi o que deu início à força-tarefa em agosto de 2017.

Na época em que a 11ª clínica foi interditada, a Vigilância Sanitária estimava existirem por volta de 19 instituições atuantes no município de SP e apenas quatro estavam regularizadas.

Nos locais onde a internação em clínicas era cobrada, a média paga por paciente ficava entre R$ 1,6 mil e R$ 1,9 mil, conforme apurou a equipe de fiscalização que verificou os casos.